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1 de set. de 2010

Síndrome do Desfiladeiro Torácico, você conhece?


Muitas vezes nos deparamos com desafios a superar em nossas aulas. Um grande e constante desafio é diminuir a tensão muscular na região dos ombros e pescoço de nossos alunos. Os músculos esternocleidomastóideo e trapézio porção superior são afetados constantemente pelo stress do dia-a-dia e pela má postura. 
Alguns casos podem ser amenizados com um bom trabalho de propriocepção e fortalecimento da postura, mas alguns parecem não responder positivamente a esses estímulos. Isso porque alguns casos não são simples tensões musculares, mas sim a Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT).
Trata-se de uma compressão do plexo braquial tão intensa que inibe a circulação sanguínea de membros superiores. O plexo braquial é o conjunto de cinco raízes que saem da medula no pescoço, comunicando-se entre si, dando origem a todos os nervos do membro superior.  
A compressão ocorre devido a alterações posturais ou anatômicas que alteram o triângulo formado pela primeira costela, clavícula e músculos escaleno e peitoral. Daí o nome “desfiladeiro”.
O aluno sente dor intermitente relacionada ao movimento, normalmente em extensão e abdução de ombros. Pode haver também parestesia e déficit de força em membros superiores.
O tratamento é baseado em bloqueios anestésicos locais nos pontos-gatilho, tratamentos tradicionais de fisioterapia (TENS, por exemplo) e exercícios posturais e de fortalecimento.
Exercícios de alongamentos oferecem grande sensação de alívio para esses alunos e são muito indicados. Os exercícios de força são necessários, porém devem ser aplicados com muito cuidado, respeitando a amplitude de movimento para não agravar a tensão gerada pela síndrome. Indica-se iniciar o trabalho de força com exercícios isométricos. Exercícios de mobilidade de coluna, pescoço e cintura escapular são indicados para aumentar a propriocepção do aluno e alongar musculaturas mais profundas. O feedback do aluno serve como base para este trabalho dar certo.
Sugira que seu aluno entre em contato com o médico ortopedista ou fisioterapeuta caso ele apresente alguns dos sintomas dessas síndromes e bom trabalho pela frente!

 Por Viviane Vales

Fonte imagem: dralucianapassos.blogspot.com 

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